Do dia 22 a 24 de janeiro, aconteceu no Centro Internacional de Viena, na Áustria, a Conferência das Nações Unidas sobre Prevenção à Violência. A convite da própria organização, o fundador da Agência do Bem, Alan Maia, participou de toda a programação como especialista em gestão de projetos educacionais com objetivo de prevenir a violência nas comunidades brasileiras, expondo sua trajetória e experiências como coordenador de projetos dedicados a desenvolver ações visando um futuro mais seguro e promissor para as crianças e jovens atendidos.
Mestre em Serviço Social, com especialização em Gestão de Projetos Sociais pela Universidade de Harvard (EUA), Alan não só apresentou iniciativas desenvolvidas nas comunidades e periferias, como compartilhou análises e dados fornecidos pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), juntamente com diversas personalidades e representantes de todo o mundo. Há duas décadas, o UNODC promove o enfrentamento às drogas, ao crime organizado, à corrupção e ao terrorismo, utilizando-se de programas e equipes de campo que trabalham diretamente com governos e ONGs em mais de 150 países.
“A interlocução com outros agentes internacionais é muito importante. Nas periferias e favelas mundo afora os desafios do enfrentamento da violência são bastante semelhantes, sendo os jovens as principais vítimas. A realidade brasileira e carioca a gente conhece bem. Viemos à Viena compartilhar as nossas experiências de sucesso e conhecer as boas práticas existentes em outros países. O quanto for possível, tentaremos enriquecer nossos instrumentos e aperfeiçoar o bom trabalho que tem sido feito por aqui.”, declara Alan Maia.
Em três dias de conferência, além das conquistas, Alan também levou ao olhar internacional dados que mostram que ainda há muito a ser feito no conflitante cenário brasileiro, que muitas vezes tem sua real dimensão ofuscada: “Somos um país muito rico. A nona maior economia mundial. Mas ao mesmo tempo o sétimo país mais desigual do planeta […] Pesquisas apontam, acreditem, que no século XXI o Brasil é o país recordista mundial em número de assassinatos. No país, a juventude é fundamentalmente vítima de uma violência institucional histórica. A violência que é fruto da ausência do Estado, da ineficiência das políticas públicas, da negligência dos seus governantes e da indiferença da sociedade”, comentou.