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O artesanato, técnica milenar, está presente desde o princípio em diversas épocas da sociedade. No entanto, seu reconhecimento e valor acabaram se perdendo um pouco após a Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XIX. A Agência do Bem acredita que o artesanato, assim como a música, tem a capacidade de contribuir para modificar realidades sociais.

O projeto Beirart nasceu em 2008, com objetivo de fornecer uma alternativa de renda para mulheres das comunidades atendidas pela organização. Após o fim do curso, elas reúnem o conhecimento e a habilidade necessários para produzir e vender o próprio artesanato. Ao longo de quatro meses, em cada um dos dezesseis encontros, as alunas têm a oportunidade de aprender técnicas de produção artesanal, por meio de diferentes oficinas, como as de pontos básicos de crochê, fuxico, aplicação de tecido e adereços, tingimento com carimbos naturais, pintura com estêncil, enfeites, dentre outras. O curso, inclusive, poderá beneficiar também uma cooperativa de costureiras que funciona no próprio local. Esta, produziu máscaras de proteção que foram distribuídas aos moradores do bairro desde o início da pandemia.

Para garantir a segurança de todos e seguindo todos os protocolos de saúde estipuladas pelas autoridades, as salas foram adaptadas e quantidade alunas limitadas a dez, evitando assim, qualquer tipo de aglomeração e riscos. As oficinas têm caráter autônomo, o que permite que a matrícula seja direcionada a uma ou mais técnicas. Mais do que apenas capacitar, o Beirart pode ser uma ferramenta diferencial para empreender, o que destaca a importância do projeto para os moradores da região. Ao fim do curso, as peças produzidas pelas alunas serão expostas e comercializadas em um ponto de exibição e venda inédito, dentro do moderno Shopping Metropolitano, que abriga mais de 200 lojas, na Av. Abelardo Bueno, no bairro da Barra da Tijuca. Além disso, esta edição do Beirart conta também com o apoio do Instituto SYN, ampliando a capacidade de atendimento, materiais e contratação dos profissionais.

A previsão é de que a loja para a venda das peças seja montada em novembro. Desde o início, o projeto Beirart já realizou diversas edições, beneficiando 300 mulheres que tiveram suas coleções comercializadas em feiras e eventos.

Sempre buscando aperfeiçoar as suas condutas e atividades, a Agência do Bem está dando novos passos no seu desenvolvimento organizacional. No mês de maio, foi concluída a auditoria externa que avaliou a adequada exposição e registro das informações contábeis e administrativas da organização, atestando a transparência e a perfeita conformidade de suas práticas e controles internos.

Todo o trâmite foi conduzido pelo Grupo Audisa, que possui conhecimento técnico especializado em Terceiro Setor, e que durante mais de dois meses esteve junto ao setor Financeiro da Agência do Bem, solicitando e avaliando todos os dados para a realização do relatório completo de auditoria. Além dos elementos pertinentes ao balanço financeiro da organização, foram conferidos certificados e certidões, atas, estatutos, cadastros em órgãos públicos, organograma, declarações, dentre outra gama de documentos e exigências.

“A Agência do Bem tem, desde a sua fundação, a transparência como um valor fundamental da sua identidade institucional. Portanto, para nós, pela primeira vez termos a oportunidade de realizarmos uma auditoria externa, com a maior empresa brasileira dedicada a essa área, especializada no terceiro setor, é razão de muito orgulho. Além disso, funciona também como um aprendizado importante para nossas rotinas, pois muitas recomendações surgem a partir do relatório final dos auditores, e o nosso compromisso é o de implementar essas melhorias e qualificar cada vez mais a nossa gestão administrativa e financeira, demonstrando ao público em geral a regularidade das nossas receitas e despesas, fortalecendo a credibilidade que nós temos junto à toda a sociedade”, explica o fundador da Agência do Bem, Alan Maia.

A Agência do Bem, que almejava este serviço há muitos anos, com bastante organização e planejamento pôde finalmente realizar este investimento, o que é algo raro dentro do Terceiro Setor, e que, além da transparência, torna-se essencial para que a instituição possa participar de alguns concursos, editais ou até mesmo atender exigências de patrocinadores e financiadores.

O relatório gerado pela Audisa está disponível publicamente no site da Agência do Bem, na respectiva seção de Transparência.

No mês de maio, a Agência do Bem retomou o programa de estágio para os graduandos de cursos de música, que praticam com os professores das Escolas de Música e Cidadania, realizando o atendimento aos alunos do projeto.

Além da satisfação em acolher os estagiários, a organização teve a alegria de receber entre eles Oséas Vicente da Cruz Vieira, de 23 anos, que está cursando o sétimo período de Licenciatura em Música, na UFRJ. Ex-aluno do polo da Cidade de Deus, onde evoluiu rapidamente nos estudos de violino, Oséas prestou monitoria para os colegas, e dali em diante passou a lecionar cada vez mais para o público externo. O jovem músico foi também spalla da orquestra da Agência do Bem, onde ficou por cerca de dois anos, e diz: “Essas experiências iniciais com a música, tendo aula, dando aula na monitoria, participando da orquestra, tornaram-se parte do músico e professor que sou hoje”.

Oséas já pensa em sua pós-graduação, e tem um desejo crescente pela área de musicoterapia, na qual também pretende buscar a formação. Um intercâmbio também está em seus planos futuros, com foco no aperfeiçoamento de ensino musical. Ele, que há oito anos vive da música, não tem dúvidas sobre a área: “Tudo que tenho hoje foi bancado através da música, e é [isso que desejo] realmente continuar vivendo daquilo que amo fazer, que é tocar e ensinar (…)”.

Oséas, que inclusive dá aulas em projeto social, deixa um recado para os colegas: “Acreditem no projeto, deixem fazer parte na vida de vocês, porque não só serão bons músicos futuramente como também bons cidadãos (…). E se for para seguirem carreira musical, grudem no professor, peçam ajuda a ele, que, com certeza, assim como eu, que consegui entrar numa universidade federal, vocês também vão conseguir”.

Julho é o último mês da campanha Quarentena Sem Fome, iniciativa direta da Agência do Bem para arrecadação, compra e distribuição de cestas básicas para 100 famílias residentes em comunidades da região metropolitana do Rio de Janeiro. Até o momento, duzentas cestas foram entregues em comunidades nos bairros de Vicente de Carvalho, Cidade de Deus, Vila de Cava, Senador Camará e no município de Itaguaí. Para contribuir com a campanha, basta realizar um PIX de R$ 85 pela chave (e-mail) financeiro@agenciadobem.org.br, encaminhando o comprovante para o e-mail contato@agenciadobem.org.br.

Nesta edição chegamos à apresentação da última organização premiada pelo Prêmio SuperAção, realizado pela Agência do Bem, que buscou reconhecer os esforços realizados por projetos sociais que atuaram no combate aos efeitos da pandemia nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

As primeiras ações da instituição carioca Agência Interagir e Renovar começaram na década de 90, por meio da distribuição de alimentos, roupas e brinquedos. Ao longo dos anos ampliou sua atuação, passando a desenvolver também projetos educacionais, palestras e atendimento psicossocial por meio da arte. Durante a pandemia, devido ao desemprego e fechamento de bares e restaurantes que acabavam sendo o único meio de alimentação de grande parte da população de rua, a instituição criou a ação Cozinha Solidária.

Contando com pontos de distribuição, e com a parceria da Associação Prover (que é um dos projetos apoiados pela Agir e Renovar), a iniciativa passou a distribuir 1.200 refeições por mês para a população de rua, sem deixar de seguir com os demais projetos.

Além disso, foram distribuídas 2.650 máscaras e 400.000 sorvetes até março deste ano. Com a queda na arrecadação de doações, sentida por todas as iniciativas sociais, a Agir continua em campanha para seguir com o trabalho de levar um pouco de alimento aos mais vulneráveis.

Para conhecer mais sobre o trabalho da instituição, basta acessar o site pelo endereço www.agirerenovar.org.br.

No mês passado, a Agência do Bem realizou as primeiras entregas de cestas básicas arrecadadas pela campanha Quarentena Sem Fome, iniciativa direta da organização, que é responsável por toda a parte de arrecadação e distribuição dos mantimentos.

As entregas foram feitas a famílias residentes nas regiões de Vicente de Carvalho, Vila de Cava, Itaguaí e Rio Comprido, beneficiando 100 famílias de alunos atendidos pelo projeto Escola de Música e Cidadania, da Agência do Bem.

A campanha tem duração total de três meses, de maneira que cada doador adote uma família pelo valor mensal de R$ 85, valor que também pode ser transferido integralmente (R$ 255). A partir do momento da primeira transferência, os doadores são cadastrados pela instituição para acompanhar toda a movimentação de compras e distribuição, bem como a prestação de contas desta iniciativa.

Há sempre uma tendência natural de queda nas doações, por isso, mesmo tendo arrecadado a meta para o atendimento em junho, a Agência do Bem reitera os pedidos de que as doações parceladas sejam mantidas até o fim da campanha, e aproveita para agradecer a todos os doadores que se envolveram neste esforço adicional realizado pela organização diante do ainda impactante cenário de pandemia. Em 2020, por meio desta campanha, a Agência do Bem entregou cestas básicas para 1.000 famílias residentes em comunidades do Rio de Janeiro, num total de oito bairros.

Além desta campanha, a Agência do Bem tem colaborado em outras frentes de atuação, ajudando a distribuir mantimentos em regiões como Cidade de Deus e Vargem Grande, por meio de parcerias com o Instituto Phi, Banco da Providência, Instituto Eklos e Instituto Rio, além do Instituto ICPP e Movimento União Rio, chegando a aproximadamente 500 cestas entregues em diferentes comunidades até o momento.

Localizado na região metropolitana do Rio de Janeiro, o município de São João de Meriti está recebendo o 17º polo das Escolas de Música e Cidadania, somando 11 polos do projeto na capital carioca.

O novo polo, localizado na Vila Tiradentes (Rua Nair, 219), receberá 50 crianças e jovens com idade entre 07 e 17 anos, que poderão ter acesso a três modalidades de instrumentos (saxofone, flauta transversa e flauta doce), contando também com as aulas de teoria musical e de Cidadania, conforme plano pedagógico padrão do projeto.

A unidade funcionará em parceria com a ONG Lutando Pela Vida, que atua desde 2006 na região, onde atende crianças, adolescentes e seus familiares com atividades na área de saúde, cultura, educação, meio ambiente e geração de renda.

Por conta da pandemia, num primeiro momento, as aulas acontecem em formato remoto, assim como em todos os outros polos. Os interessados já podem fazer uma pré-reserva para o segundo semestre, quando o polo começará efetivamente suas atividades. As inscrições podem ser feitas por telefone, com a assistente Rafaela Diniz, pelo número 92002-1158.

No dia 14/05, a Agência do Bem participou do evento Conexão Musical, promovido pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Durante o encontro remoto, transmitido ao vivo pelo YouTube, o maestro e coordenador musical da Agência do Bem, Vitor Damiani, junto à supervisora pedagógica, Carolina Castro, falaram um pouco sobre suas vivências e experiências tendo a música como ferramenta de inclusão social. O encontro teve mediação do coordenador artístico e pedagógico da OSB, Nikolay Sapoundjiev, além da participação do Instituto Apontar, e encerrou a série de encontros transmitidos de 10 a 14 de maio.

Nesta edição apresentamos uma das últimas ONGs vencedoras do Prêmio SuperAção, realizado pela Agência do Bem, que buscou o reconhecimento dos esforços feitos por projetos sociais que atuaram no combate aos efeitos da pandemia tanto no Rio quanto em São Paulo.

Fundada em 2015, a Associação de Mulheres de Itaguaí Guerreiras e Articuladoras Sociais (A.M.I.G.A.S) tem como objetivo atuar contra as desigualdades sociais e combater a violência doméstica e de gênero, promovendo a inclusão social por meio da educação e da cultura, geração de emprego e renda, além de atividades na área do empreendedorismo.

Durante a pandemia, a A.M.I.G.A.S criou a campanha “XÔ COVID”, realizando diferentes ações de cunho humanitário, como distribuição de alimentos, cestas básicas, materiais de higiene e limpeza, medicamentos, fraldas e estruturação de ponto para coleta de doações. A associação venceu à época outros três editais, alcançando mais de 3.500 famílias que foram beneficiadas com doações de mantimentos básicos. Também atuaram na contagem dos casos de contaminação e óbitos por Covid, sendo relatoria no Painel Unificador Covid nas Favelas, trabalhando com pesquisas comunitárias.

Para conhecer mais um pouco desta iniciativa, basta acessar a página Associação de Mulheres de Itaguaí – Guerreiras e Articuladoras Sociais, disponível no Facebook.