No dia 22 de agosto, a convite da Petrobras, a OJG teve o privilégio de se apresentar na renomada Sala Cecília Meireles, situada no Centro do Rio. Esta apresentação foi parte do evento de divulgação dos vencedores do Programa SocioAmbiental 2023 da empresa. Com um repertório que incluiu peças como “Trenzinho Caipira”, “Rap da Felicidade”, “Piratas do Caribe” e “Missão Impossível”, a orquestra encantou e emocionou a plateia, que se uniu em canto e emoção. A OJG é formada pelos alunos que mais se destacam nos polos da EMC, da Agência do Bem, patrocinados pela Petrobras.
Nos últimos domingos de agosto, o Teatro dos Grandes Atores foi palco das performances musicais da Orquestra e Coro Nova Sinfonia. O conjunto realizou uma homenagem à icônica artista da música brasileira Rita Lee, interpretando seus mais renomados sucessos.
O repertório foi cuidadosamente selecionado para abranger as diferentes fases da extensa carreira de Rita e contou com músicas como “Erva Venenosa”, “Agora só falta você”, “Luz del Fuego” e “Saúde”. Composta integralmente por alunos da Escola de Música e Cidadania, a Orquestra e Coro Nova Sinfonia vinha praticando há alguns meses as composições apresentadas no palco.
Para os novos membros do grupo orquestral, participar de uma jornada pré-profissionalizante na música é algo marcante. “Estar na orquestra é uma mistura de sentimentos! Tocar Rita Lee com o grupo é incrível e estar com eles renova as minhas energias e me faz ter esperança na realização do meu sonho de ser musicista profissional”, relatou Débora Bonilha, coralista da Orquestra e Coro Nova Sinfonia.
As apresentações reuniram centenas de pessoas no Teatro dos Grandes Atores. Os próximos concertos já estão marcados para os últimos domingos de novembro e prometem mais uma vez surpreender o público.
O repertório será uma imersão musical sobre a América Latina, ressaltando a diversidade e a riqueza cultural dessa região.
No mês de agosto, a Agência do Bem celebrou com orgulho seus 18 anos de existência, marcados por uma jornada de transformação social e impacto positivo. Tendo em vista essa data comemorativa, convidamos, Alan Maia, o fundador da Agência do Bem para uma entrevista.
O que o motivou a fundar a Agência do Bem há 18 anos?
Alan Maia: Éramos um grupo de amigos, com ideais comuns, dedicados ao trabalho social na região da Zona Oeste do Rio, na Grande Jacarepaguá, de forma voluntária. Frequentávamos muitas comunidades, abrigos, igrejas, fazíamos teatro e ações de assistência há muitos anos. Chegou um momento em que se entendeu por bem fixar e qualificar essa atuação. Assim, surgiu a Agência do Bem em agosto 2005.
Quais foram os maiores desafios enfrentados nos primeiros anos da organização?
Alan Maia: Seguramente, a falta de recursos para estruturar os projetos foi um desafio. No começo, como em quase todo novo empreendimento, tínhamos muitos sonhos, boas ideias e boas intenções, mas dispúnhamos de uma limitadíssima verba, proveniente das nossas próprias doações. Além disso, havia a questão da invisibilidade; havia a sensação de que ninguém reparava em nosso esforço e capacidade. Foram anos até romper essas barreiras, mas felizmente conseguimos romper
Após essa longa caminhada, como você avalia a contribuição social das atividades da Agência do Bem para a sociedade?
Alan Maia: Somos uma gota no oceano de desigualdade e injustiças sociais históricas da cidade e do país, mas, seguramente, a Agência do Bem fez a diferença para melhorar a vida de dezenas de milhares de famílias. Temos registros, pesquisas e indicadores diversos que atestam a efetividade dos projetos em promover a melhoria das condições de vida da população. É muito bom ter essa visão em perspectiva e perceber que tudo tem valido a pena.
Com 18 anos de conhecimento acumulado, a Agência do Bem chegou a Portugal, iniciando o processo de internacionalização da organização. Quais são as oportunidades que surgem com este processo?
Alan Maia: A gente acredita no que a gente faz, nos valores e nos sonhos que nos movem. A Agência do Bem existe para promover o bem, o desenvolvimento humano e a cidadania. E temos que levar este propósito para onde mais for possível. Desde 2018, alcançamos escala nacional de atuação. Recentemente, atravessamos as fronteiras. São os primeiros passos em Portugal. Sei que temos potencial para ir mais além.
O que os 18 anos da Agência do Bem representam para você pessoalmente?
Alan Maia: É até difícil de falar… Pessoalmente, é a sensação de dever cumprido. Além dos sorrisos e abraços trocados com tanta gente ao longo dessa história, me sinto em paz e grato por ter podido fazer parte de tudo isso, por ter dado uma pequena contribuição para fazer deste mundo um lugar um pouquinho melhor de se viver.
Como você gostaria que a Agência do Bem fosse reconhecida daqui a 10 ou 20 anos?
Alan Maia: Uma referência internacional de trabalho social feito com integridade, com qualidade, transformador de verdade, e com muito afeto, com muita fé nos bons propósitos que a acompanham desde a sua fundação.
Com 18 anos de muita história e sucesso, a Agência do Bem reforça sua missão de promover o desenvolvimento humano visando à cidadania plena de populações de baixa renda, através da educação, de forma transparente e sustentável, deixando assim, um legado de mudança positiva na sociedade.
No dia 05 de julho, ocorreu o 1° Encontro Social Good Sphere Brasil, liderado pela organização suíça The Dot Good. O evento aconteceu na Biblioteca Parque no centro do Rio de Janeiro e teve como objetivo reunir os representantes das 50 melhores organizações sociais destacadas em ranking internacional criado pela entidade.
Classificada na 22ª posição no ranking, a Agência do Bem esteve presente no evento para prestigiar as palestras, realizar networking com organizações premiadas e reencontrar antigos amigos, atuantes em entidades que também foram premiadas no ranking e que há anos se dedicam ao fortalecimento do terceiro setor.
“Eu acredito que o crescimento e o aprimoramento contínuo do Terceiro Setor no Brasil são reflexo de diversos fatores, como o compromisso e a dedicação das organizações em aprimorar suas práticas, a adoção de modelos de gestão mais eficientes e transparentes e a busca constante por inovação.
Esses são aspectos que são avaliados por rankings como o The Dot Good, e daí sua importância”, declarou Cláudia França, coordenadora executiva da Agência do Bem. O evento evidenciou a diversidade e a riqueza do Terceiro Setor no Brasil, ao reunir uma ampla gama de organizações de diferentes áreas de atuação, desde a educação e saúde, até a defesa dos direitos humanos e a promoção da sustentabilidade ambiental.
Ao longo de três reuniões mediadas pelo consultor Marcos Vianna, a Agência do Bem elaborou o planejamento para as Escolas de Música e Cidadania para os próximos quatro anos. Tópicos como a expansão dos polos de ensino, estratégias de sustentabilidade financeira e inovações em gestão foram discutidos intensamente entre a equipe. Estas reflexões focam na direção e no método que a organização aspira seguir para alcançar seus objetivos e continuar promovendo a educação cidadã através da música.
Durante o mês de julho, os 28 polos de ensino das Escolas de Música e Cidadania realizaram os recitais comunitários, proporcionando um espaço de fortalecimento de vínculos com a comunidade e de interação entre os alunos, responsáveis e o corpo docente do projeto.
O recital comunitário é o momento no qual os alunos têm a oportunidade de se apresentar diante do público, demonstrando as habilidades musicais que foram cultivadas ao longo da participação no projeto. Além disso, os conceitos trabalhados nas oficinas de cidadania também são compartilhados pelos alunos através de exposições, apresentações orais e performances artísticas.
No polo de Santa Cruz, os alunos de canto coral apresentaram uma bela interpretação da música “Canto do povo de um lugar”, uma obra de autoria do renomado Caetano Veloso. Já no polo da Vila Cruzeiro, os alunos escolheram o “Rap da Felicidade” como a canção de sua apresentação, sendo esta realçada pela contribuição sonora da percussão, instrumento de ensino do polo.
No Picoto, em Portugal, as crianças, pertencentes a grupos ciganos, tiveram a oportunidade de se apresentarem no Conservatório Bomfim, acessando espaços que não fazem parte do seu cotidiano e ampliando o repertório cultural dos alunos.
A Escola de Música e Cidadania encerrou com êxito e satisfação este importante marco do calendário pedagógico do projeto e agora se prepara para a retomada das aulas, que estão previstas para ocorrer no final de julho e início de agosto.
Em 2019, durante uma reunião de planejamento participativo, o sonho de internacionalizar as atividades da Agência do Bem foi traçado em suas diretrizes estratégicas. A pandemia, porém, obrigou a organização a postergar os planos para iniciar as operações fora do Brasil.
Em 2022, após a cobertura vacinal permitir a retomada do sonho da internacionalização, as ações para alcançar esse objetivo foram reiniciadas. Eliete Gonçalves, consultora membro da rede de colaboradores da Agência do Bem, recém chegada em Portugal, em Braga, por razões acadêmicas, levantou a possibilidade de pavimentar a interlocução com entidades locais – Fundação Bomfim e Human Power Hub (HPH) – sobre a possibilidade de abertura de um polo da Escola de Música e Cidadania.
Após reuniões com Alan Maia, fundador da Agência do Bem e os representantes da Fundação Bomfim e do HPH, as parcerias foram formalizadas. O passo subsequente envolvia garantir recursos para iniciar as atividades na cidade. Na busca por oportunidades de financiamento, a Agência do Bem deparou-se com o edital “Viva o Bairro”, uma iniciativa realizada em conjunto pela Câmara de Braga e a Bragahabitat que buscava iniciativas que pudessem dinamizar bairros sociais e que fossem direcionados para a comunidade cigana – grupo historicamente vítima de preconceitos e injustiças.
Foi por meio deste programa que a organização angariou recursos para inaugurar a primeira Escola de Música e Cidadania fora do Brasil, mais precisamente no bairro social do Picoto. O projeto teve início em 2023 e fornece aulas de violão, cajon e oficinas de cidadania global para crianças e jovens ciganos.
Quando questionado sobre como a experiência no Brasil poderia contribuir com as ações desenvolvidas em Portugal, o fundador da organização, Alan Maia, relatou: “Fazer o bem, bem feito, demanda estudo, testes, análises características de cada local, mas há uma expertise na Agência do Bem acumulada ao longo dos anos, que certamente será útil na replicação de nossos projetos em outro país.”
Consciente dos inúmeros desafios do processo de internacionalização, Patrícia Azevedo, vice-presidente, assumiu a liderança desta fase crucial para a Agência do Bem. “Eu estou muito entusiasmada, me sentindo bem desafiada, no melhor sentido, a avançar na estruturação dos projetos da Agência do Bem aqui em Portugal. Já temos uma agenda intensa de atividades e de reuniões para os próximos meses, novos projetos em vista. Não apenas em Braga, mas também noutras localidades, especialmente no Porto e em Lisboa”, contou.
O processo de desembarque institucional da Agência do Bem em Portugal é um marco histórico para a organização, reafirmando seu compromisso de promover cultura, música e cidadania além das fronteiras brasileiras e de disseminar sua missão para o maior número possível de crianças e jovens.
No dia 03 de junho, alunos da Escola de Música e Cidadania do Picoto, em Portugal, tiveram a oportunidade de realizar a sua primeira apresentação aberta ao público durante o Festival de Inovação Social de Braga realizado pelo The Human Power Hub.
O evento proporcionou aos jovens músicos a possibilidade de compartilhar seu talento e envolver a comunidade local através da apresentação de músicas ciganas no Mercado Municipal de Braga.
“A cidade de Braga vem promovendo já há alguns anos a inclusão e participação da comunidade cigana na sociedade, através de variados tipos de ações, inclusive incentivando organismos sociais a fazê-lo. Apesar disso as crianças do bairro social do Picoto ainda carecem de participação em atividades do gênero. Portanto foi muito significativo para as crianças e para os pais essa participação em um evento tão importante na cidade”, relatou Eliete Gonçalves, diretora da ADB, em Portugal.
Formada em fevereiro de 2023, a Escola de Música e Cidadania do Picoto é a primeira experiência internacional do projeto.
No dia 14 de junho, o fundador da Agência do Bem, Alan Maia, esteve em uma audiência exclusiva com o chefe de gabinete do Ministério da Cultura, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Na ocasião, foi conversado sobre os desafios de gestão de projetos socioculturais, através das mudanças na Lei Rouanet. Alan Maia teve ainda a oportunidade de apresentar os projetos sociais realizados pela Agência do Bem.
A Biblioteca Parque tornou-se o cenário do 24º Fórum da Rede do Bem RJ. O evento reuniu dezenas de líderes de diversas organizações sociais, proporcionando uma tarde rica em aprendizado e troca de experiências.
Ocorrido no dia 7 de junho, o fórum contoucom palestras sobre temas relevantes para o desenvolvimento de entidades do terceiro setor. Os tópicos discutidos foram “Violência e Direitos Humanos nas Comunidades”, apresentada por Raull Santiago, CEO da agência BRECHAhub e
“Como elaborar projetos vencedores para editais”, ministrada por Flávia Siqueira, coordenadora de Comunicação e Sustentabilidade da LAMSA.
Além disso, durante o fórum, foi anunciado o 11º Edital de Microprojetos da Rede do Bem do Rio de Janeiro. Este edital premiará três organizações com R$4.000 cada para o desenvolvimento de projetos nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaguaí, Nilópolis, Nova Iguaçu, Mesquita, São Gonçalo, Itaboraí, Niterói, São João de Meriti, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Guapimirim e Magé.
O evento marcou o retorno dos encontros presenciais da Rede do Bem do Rio de Janeiro, uma iniciativa essencial para fomentar a interação com outras entidades e o estabelecimento de conexões entre várias organizações sociais e seus líderes na região metropolitana da cidade.